Começou a pintar de forma regular há alguns anos. Depois de uma primeira fase em que fez vários trabalhos em técnicas diferentes, nomeadamente encáustica, acrílico e mistas, tem-se dedicado com mais regularidade à pintura a óleo num processo em que utiliza os métodos tradicionais de mistura dos pigmentos com o óleo de linhaça.
A sua pintura pode classificar-se como abstrata, se bem que por vezes se insinuem horizontes ou paisagens mais ou menos indefinidas. Não pretende representar ou copiar uma qualquer realidade existente na medida em que o seu processo criativo resulta de uma intuição que se desenvolve ao longo do trabalho e muitas vezes se desvia de um qualquer propósito inicial.
É muito suscetível às cores e às texturas, que vai criando quer por adição de outros materiais quer pela sobreposição de camadas, ficando as telas com uma plasticidade bastante impressiva. Por vezes sente que vai atrás dos caminhos por onde a pintura o leva sem consciencialização do resultado final ganhando a pintura vida própria.
As mudanças que vai fazendo ao longo do processo levam-no a um momento em que tem consciência de que o que está, está bem, e considera a obra terminada. Por vezes não está nada bem e então reinicia …
Não dá títulos ou rótulos aos seus quadros. Tem como intenção deixar uma liberdade a quem os observa para que a empatia se possa desenvolver sem os condiciona-mentos de uma ideia pré-concebida.