“Palpitações Óticas / Três espasmos musculares” - Gaya de Medeiros com Julio“Palpitações Óticas / Três espasmos musculares” - Gaya de Medeiros com Julio

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Centro de Memória de Vila do Conde
9
Jul

28
Set
2025
“Palpitações Óticas / Três espasmos musculares” - Gaya de Medeiros com...
Inauguração de exposição e apresentação de performance

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2€ (gratuito ao domingo de manhã)

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A Galeria Julio | Centro de Estudo Julio/Saúl Dias inaugura no próximo dia 3 de maio, às 12h, o terceiro e último momento do ciclo expositivo “Palpitações Óticas / Três espasmos musculares”, com curadoria de Juan Luis Toboso e colaboração de Cristina Grande. Este ciclo, que propôs um diálogo entre a obra de Julio/Saúl Dias e a performance contemporânea, contou já com apresentações das artistas Sónia Baptista e Carla Cruz, encerrando agora com uma performance da coreógrafa Gaya de Medeiros.
Este terceiro momento expositivo reúne um conjunto significativo de 57 desenhos, realizados maioritariamente nas décadas de 1920 e 1930, a tinta da china sobre papel, com uma expressividade gráfica marcada pelo traço rápido, pela sátira e pela observação crítica da sociedade urbana. As obras retratam cenas da boémia da época — cafés, teatros, prostíbulos — com figuras caricaturais, tanto masculinas como femininas, inseridas em ambientes carregados de teatralidade, marginalidade e ironia. Estes desenhos, de forte carga expressiva e social, revelam uma faceta menos conhecida mas profundamente reveladora da visão de Julio sobre a realidade do seu tempo.

A exposição inclui ainda duas obras em óleo sobre tela de grande importância: “Comediantes” (1928) e “Noturno” (1929). Esta última, em particular, é considerada uma das obras mais emblemáticas do artista, tendo integrado, em 2018, a exposição internacional “Pessoa. Toda arte é uma forma de literature”, no Museu Reina Sofia, em Madrid.

Partindo deste acervo, Gaya de Medeiros apresenta na inauguração uma performance que estabelece pontes entre o imaginário gráfico de Julio e o universo coreográfico de Pina Bausch, especialmente a partir da peça Café Müller. A proposta da artista relaciona também estes desenhos com os ambientes retratados por George Grosz, promovendo uma leitura contemporânea e crítica das representações sociais, do corpo e das suas margens.

Segundo o curador Juan Luis Toboso, “o intuito deste momento é uma conexão temporal entre os desenhos de Júlio ligados a representações da boémia, cafés, pessoas e personagens, burocratas, prostitutas e algumas relações com a representação destes ambientes boémios e noturnos dos cafés na Alemanha dos anos 20, 30, 40. Isto porque, neste momento, a Gaya vai fazer uma relação com a sua peça intitulada ‘Cafezinho’, inspirada no ‘Café Müller’ de Pina Bausch”.

Como destaca Bernardo Pinto de Almeida, diretor artístico da Galeria, “iremos compreender, através desta abordagem, não apenas o sentido contemporâneo do corpo pela mão de Gaya, como o modo como ele pode ir retomar em Julio um elemento de conexão que atravessa mais de um século e o traz até ao nosso tempo, o que muito demonstra a sua atualidade dialogante.”

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A Galeria Julio | Centro de Estudo Julio/Saúl Dias inaugura no próximo dia 3 de maio, às 12h, o terceiro e último momento do ciclo expositivo “Palpitações Óticas / Três espasmos musculares”, com curadoria de Juan Luis Toboso e colaboração de Cristina Grande. Este ciclo, que propôs um diálogo entre a obra de Julio/Saúl Dias e a performance contemporânea, contou já com apresentações das artistas Sónia Baptista e Carla Cruz, encerrando agora com uma performance da coreógrafa Gaya de Medeiros.
Este terceiro momento expositivo reúne um conjunto significativo de 57 desenhos, realizados maioritariamente nas décadas de 1920 e 1930, a tinta da china sobre papel, com uma expressividade gráfica marcada pelo traço rápido, pela sátira e pela observação crítica da sociedade urbana. As obras retratam cenas da boémia da época — cafés, teatros, prostíbulos — com figuras caricaturais, tanto masculinas como femininas, inseridas em ambientes carregados de teatralidade, marginalidade e ironia. Estes desenhos, de forte carga expressiva e social, revelam uma faceta menos conhecida mas profundamente reveladora da visão de Julio sobre a realidade do seu tempo.

A exposição inclui ainda duas obras em óleo sobre tela de grande importância: “Comediantes” (1928) e “Noturno” (1929). Esta última, em particular, é considerada uma das obras mais emblemáticas do artista, tendo integrado, em 2018, a exposição internacional “Pessoa. Toda arte é uma forma de literature”, no Museu Reina Sofia, em Madrid.

Partindo deste acervo, Gaya de Medeiros apresenta na inauguração uma performance que estabelece pontes entre o imaginário gráfico de Julio e o universo coreográfico de Pina Bausch, especialmente a partir da peça Café Müller. A proposta da artista relaciona também estes desenhos com os ambientes retratados por George Grosz, promovendo uma leitura contemporânea e crítica das representações sociais, do corpo e das suas margens.

Segundo o curador Juan Luis Toboso, “o intuito deste momento é uma conexão temporal entre os desenhos de Júlio ligados a representações da boémia, cafés, pessoas e personagens, burocratas, prostitutas e algumas relações com a representação destes ambientes boémios e noturnos dos cafés na Alemanha dos anos 20, 30, 40. Isto porque, neste momento, a Gaya vai fazer uma relação com a sua peça intitulada ‘Cafezinho’, inspirada no ‘Café Müller’ de Pina Bausch”.

Como destaca Bernardo Pinto de Almeida, diretor artístico da Galeria, “iremos compreender, através desta abordagem, não apenas o sentido contemporâneo do corpo pela mão de Gaya, como o modo como ele pode ir retomar em Julio um elemento de conexão que atravessa mais de um século e o traz até ao nosso tempo, o que muito demonstra a sua atualidade dialogante.”

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