No dia 17 de setembro assinalou-se os 50 anos da abertura ao público da Casa de José Régio, em Vila do Conde, cumprindo-se assim o desejo do poeta de transformar a casa onde viveu – e onde veio a falecer – numa Casa-Museu. Um espaço que testemunha a sua afeição às coisas do passado e que, ao mesmo tempo, revela a forma como trabalhava e se inspirava.

José Régio não foi apenas poeta, ensaísta, teatrólogo, romancista e jornalista. Foi também um homem de decisões firmes, de pensamento profundo e de inspiração inesgotável. A concretização da Casa-Museu foi possível graças ao esforço conjunto da Câmara Municipal de Vila do Conde, da Fundação Calouste Gulbenkian e da família do escritor. Também o contributo do seu grande amigo Alberto de Serpa foi decisivo, ao doar importantes manuscritos e desenhos ao município.

Destacando esta amizade cúmplice, será inaugurada, no dia 17 de setembro, às 17h30, a exposição “Régio e Serpa”, patente no Centro de Documentação José Régio.

A programação integra ainda o restauro do mural existente na fachada do muro do jardim da Casa de José Régio, da autoria do stencil artist Daniel Eime, uma intervenção que valoriza o espaço e atualiza o diálogo entre memória e criação contemporânea.

Entre os dias 17 e 21 de setembro, a entrada na Casa será gratuita. Nesse mesmo dia será lançada a nova plataforma Zoom Guide, que permitirá uma visita mais interativa e acessível à Casa.

As comemorações prolongam-se entre 17 de setembro de 2025 e 17 de setembro de 2026, com várias iniciativas culturais, assinalando a relevância da Casa de José Régio – o primeiro equipamento cultural a abrir portas em Vila do Conde após o 25 de Abril de 1974.